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Utilização de células estaminais na recuperação de vítimas de AVC

Investigadores de Coimbra vão utilizar células estaminais para recuperar doentes que sofreram acidentes vasculares cerebrais (AVC) isquémicos agudos, de acordo com um estudo que vai passar a ensaio clínico no segundo semestre deste ano.

O estudo observacional em pessoas, iniciado há quatro anos, envolvendo a unidade de AVC do Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra (CHUC), Centro de Neurociências e Biologia Celular de Coimbra, Hospital Rovisco Pais (Tocha) e a Crioestaminal, conclui que as células progenitoras endoteliais, que são um tipo de células estaminais, contribuem para reconstituir os vasos lesados.

“O que fizemos [no estudo] foi demonstrar que existem células estaminais que estão associadas ao desenvolvimento de novos vasos, que nós todos temos no sangue, em concentrações muito pequenas, produzidas pela medula óssea, que nos permitem fazer novos vasos sempre que precisamos”, explicou à agência Lusa o coordenador João Sargento Freitas, da unidade de AVC do CHUC.

Segundo o neurologista, “vai-se retirar células do doente diretamente da medula óssea, separar-se as células que fazem vasos e injetá-las por cateter diretamente na zona do AVC”.

Para o médico e investigador, pretende-se com esta nova hipótese de tratamento, alternativa às atuais, “recriar novos vasos para voltar a dar sangue à zona que foi lesada”.

Na prática, acrescenta, o método passa por “otimizar os recursos de cada um, colocando o maior número de células que se conseguir no sítio onde elas são precisas (local do AVC)”.

Trata-se de uma técnica inovadora em Portugal e a nível internacional, que vai ser testada em 30 doentes, durante um ano, a partir do segundo semestre, e que tem financiamento garantido de cerca de um milhão de euros, através do programa comunitário Compete 2020.

“Os dados preliminares são promissores e realmente indicam que têm potencial e um impacto clínico importante em doentes, mas agora queremos, como em qualquer passo de investigação, validar e demonstrar a sua eficácia no ensaio clínico”, frisou o coordenador do estudo.

O médico João Sargento Freitas, que será o investigador principal do ensaio clínico, tem esperança “nesta avenida de investigação diferente do tratamento habitual, que se centrava sempre no vaso e que agora se centra na lesão do AVC isquémico em si e a tentar fazer novos vasos diretamente lá”.

Salientando que foram os “resultados do estudo que alavancaram o ensaio clínico”, o neurologista do CHUC considera que o objetivo final é demonstrar a investigação clínica para que depois o tratamento a doentes de AVC seja disseminado por outros centros, “confirmando-se a eficácia que estamos à espera”.

Fonte: DN
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