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Células do Sangue do Cordão Umbilical na Recuperação após Enfarte do Miocárdio

O enfarte agudo do miocárdio constitui atualmente uma das principais causas de morte nos países desenvolvidos.

O enfarte do miocárdio, vulgarmente conhecido como “ataque cardíaco”, ocorre quando uma ou mais artérias que irrigam o músculo cardíaco (miocárdio) ficam obstruídas e o coração não recebe sangue e oxigénio nas quantidades de que necessita (isquémia). Nessas condições, as células da área afetada do coração morrem, comprometendo a sua função.

Nas duas últimas décadas, tem-se assistido a uma redução significativa da taxa de mortalidade na população portuguesa por doenças cardiovasculares. No entanto, estas doenças são ainda a principal causa de morte em Portugal, e na União Europeia em geral.

Apesar dos avanços no diagnóstico e tratamento do enfarte agudo do miocárdio, esta doença cardiovascular continua a ter grande impacto na saúde pública, dado que as terapêuticas disponíveis são apenas parcialmente eficazes na limitação do tamanho do enfarte e na recuperação da função cardíaca após o acidente isquémico.

Recentemente, as terapias celulares abriram novas perspetivas para o tratamento das áreas isquémicas após enfarte. Neste contexto, foram recentemente publicados os resultados de um estudo que avaliou o efeito do transplante (intramiocárdico) de células do sangue do cordão umbilical humano na recuperação após enfarte agudo do miocárdio.

O estudo foi conduzido em modelo animal de enfarte agudo do miocárdio, tendo sido utilizados três grupos: um grupo ao qual foi administrado um tipo de células isoladas do sangue do cordão umbilical (células CD133+); outro ao qual foi administrado o mesmo tipo de células mas que foram previamente cultivadas em laboratório (células CD133+ expandidas) e um terceiro que não recebeu tratamento com células (grupo controlo).

 

Células do sangue do cordão umbilical expandidas melhoram a função cardíaca após enfarte do miocárdio

O grupo de ratos que recebeu células expandidas apresentou melhor recuperação da função cardíaca do que o grupo que recebeu células não expandidas. Observou-se a formação de novos vasos sanguíneos no miocárdio lesado em ambos os grupos que receberam terapia celular, contrariamente ao grupo controlo. Vinte e oito dias após o transplante, poucas células humanas foram detetadas no tecido cardíaco afetado pelo enfarte, sugerindo que os efeitos observados podem estar relacionados principalmente com fatores libertados pelas células administradas. Apesar de ambas as populações celulares terem conduzido a melhorias na função cardíaca e serem adequadas para a regeneração do sistema vascular, as células que foram previamente cultivadas em laboratório revelaram-se mais benéficas, sendo candidatas promissoras para a regeneração vascular.

Face aos resultados pré-clínicos e clínicos disponíveis e aos resultados deste estudo, os autores do trabalho agora publicado acreditam firmemente que este tipo de células, isoladas do sangue do cordão umbilical e cultivadas em laboratório (células CD133+ expandidas), são excelentes candidatas para futuros ensaios clínicos em humanos para o tratamento desta patologia.

 

Referência:

Expanded CD133+ Cells from Human Umbilical Cord Blood Improved Heart Function in Rats after Severe Myocardial Infarction. Correa et al., Stem Cells Int. 2018 Apr 11;2018:5412478. doi: 10.1155/2018/5412478. eCollection 2018.