Os campos marcados com * são obrigatórios.

PREENCHA OS SEUS DADOS E RECEBA UM DOSSIER INFORMATIVO, SOBRE CÉLULAS ESTAMINAIS, NO SEU EMAIL


Os campos marcados com * são obrigatórios.

PREENCHA OS SEUS DADOS

Os campos marcados com * são obrigatórios.

Pedir kit Untitled-1
Voltar

Características das Células Estaminais Mesenquimais e seu Potencial Terapêutico

 

Tendo em conta o considerável potencial terapêutico das células estaminais mesenquimais (MSC, de Mesenchymal Stem Cells), demonstrado em estudos pré-clínicos, estão em curso centenas de ensaios clínicos que visam investigar a aplicação terapêutica destas células em várias doenças graves. As principais fontes de MSC são o tecido do cordão umbilical e a medula óssea, podendo, estas células, também ser obtidas a partir da placenta, do tecido adiposo e, menos usualmente, do sangue do cordão umbilical.

O enorme potencial terapêutico das MSC resulta das suas características, especificamente do facto de terem capacidade de:

  • – proliferação in vitro, podendo ser facilmente multiplicadas em laboratório para posterior utilização clínica;
  • – multipotência, diferenciando-se em vários tipos de células (da cartilagem, do osso e da gordura, entre outras), o que se encontra a ser explorado na área de engenharia de tecidos, com o objetivo de permitir a substituição de tecidos lesados;
  • – produção de fatores de crescimento e outras moléculas, com função de apoio ao crescimento e diferenciação de outras células: as MSC são capazes de, por exemplo, promover a formação de novos vasos sanguíneos e de novos neurónios e estimular a regeneração de vários órgãos;
  • – migração para o local da lesão/doença; e de
  • – imunomodulação, dado serem capazes de regular a atividade do sistema imunitário, controlando reações imunológicas exacerbadas características das doenças autoimunes, da doença do enxerto contra o hospedeiro e da síndrome da dificuldade respiratória aguda (ARDS, de Acute Respiratory Distress Syndrome), comum em casos graves de COVID-19. Uma percentagem considerável dos doentes que recebem transplantes hematopoiéticos desenvolve doença do enxerto contra o hospedeiro, a complicação mais grave que pode ocorrer após o transplante, e que resulta da reação das células transplantadas contra o doente. Dados da European Society for Blood and Marrow Transplantation indicam que, no ano de 2020 foram realizados, na Europa, 426 tratamentos recorrendo a MSC maioritariamente para o tratamento da doença do enxerto contra o hospedeiro.

 

 

MSC DO TECIDO DO CORDÃO UMBILICAL COM POTENCIAL PARA O TRATAMENTO DE VÁRIAS DOENÇAS

Estão, atualmente, registados mais de 250 ensaios clínicos com MSC do tecido do cordão umbilical para o tratamento de diversas doenças, tendo sido já publicados, em artigos científicos, os resultados da aplicação destas células em terapias experimentais, com perspetivas promissoras da sua aplicação na prática clínica. Uma das primeiras aplicações das MSC do tecido do cordão umbilical foi no contexto da doença do enxerto contra o hospedeiro, após transplante hematopoiético. Estas células têm ainda sido associadas a melhorias na qualidade de vida em doentes com doença de Crohn e à diminuição da necessidade de insulina em doentes com diabetes tipo 1. Outras doenças nas quais a administração de MSC do tecido do cordão umbilical tem alcançado resultados favoráveis, com melhoria dos sintomas, incluem esclerose múltipla, lúpus eritematoso sistémico, lesões da espinal medula, artrite reumatoide, autismo, paralisia cerebral e ARDS decorrente de COVID‑19, entre outras. Em particular no que se refere à COVID-19, o tratamento com MSC do tecido do cordão umbilical mostrou ser capaz de suprimir a inflamação e melhorar a sintomatologia ao nível pulmonar. Tem vindo a ser demonstrado que a aplicação clínica de MSC do tecido do cordão umbilical é segura e bem tolerada, sendo, no entanto, necessário continuar a investigação nesta área, de modo a confirmar a sua eficácia, o que poderá permitir que estas células possam vir a ser usadas no tratamento de várias doenças graves, atualmente sem opções de tratamento eficazes.

 

Referências

– Boruczkowski D & Zdolińska-Malinowska I. Stem Cells International. 2019. Article ID 7402151, 13 pages.
– Can A, et al. Cytotherapy. 2017 Dec;19(12):1351-1382.
– Chetty S, et al. Front Cell Dev Biol. 2022 Oct 12;10:1006295.
– https://clinicaltrials.gov/
– Jovic D, et al. Stem Cell Rev Rep. 2022 Jun;18(5):1525-1545.
– Mebarki M, et al., Stem Cell Res Ther. 2021 Feb 26;12(1):152.
– Passweg JR, et al. Bone Marrow Transplant. 2022 57, 742–752.
– Tamouza R, et al. Front. Cell Dev. Biol. 2022 10:809686.
– Yang CW, et al. Front Immunol. 2022 Aug 29;13:923286.

 

Saiba mais sobre as Células Estaminais aqui.