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Células derivadas de sangue do cordão umbilical no tratamento da diabetes

A diabetes é uma das doenças crónicas mais prevalentes a nível mundial, afetando mais de 366 milhões de pessoas, estimando-se que possa chegar aos 552 milhões em 2030, segundo a Federação Internacional da Diabetes. O número de doentes diabéticos tem vindo a aumentar, devido a vários fatores, como o envelhecimento da população, o sedentarismo e a obesidade. Devido aos níveis aumentados de glicose (açúcar) no sangue, os diabéticos têm maior probabilidade de desenvolver doenças cardiovasculares, problemas renais, oculares, entre outros. Preocupante, também, é o rápido aumento do número de crianças diagnosticadas com diabetes tipo 1 e tipo 2. A diabetes é, neste momento, um grave problema de saúde à escala global, que obriga à mobilização de esforços para encontrar abordagens terapêuticas inovadoras, apesar dos grandes avanços alcançados nesta área nos últimos 10 anos.

Células produtoras de insulina derivadas de sangue do cordão umbilical melhoram níveis de glicémia

Uma das estratégias recentemente testadas para tratar diabetes tipo 1 (em que as células produtoras de insulina do pâncreas são atacadas e destruídas pelo próprio organismo) consiste em gerar células produtoras de insulina a partir de células estaminais e transplantá-las para o organismo diabético, onde passam a fornecer a insulina de que este necessita para controlar os níveis de glicose no sangue. As células estaminais mesenquimais são ótimas candidatas para este tipo de terapia, uma vez que são de fácil obtenção e conseguem diferenciar-se em vários tipos de células.
Num trabalho recente, um grupo de investigadores conseguiu converter células estaminais mesenquimais, obtidas a partir de sangue do cordão umbilical, em células produtoras de insulina, colocando-as num ambiente rico em glicose. Seguidamente, essas células foram transplantadas para ratos diabéticos, tendo-se observado que as células transplantadas exerciam aí a sua função de produção de insulina, diminuindo os níveis de glicémia. No grupo de ratos diabéticos não tratados, os valores de glicose no sangue em jejum permaneceram elevados, a rondar os 400 mg/dL. Pelo contrário, os ratos diabéticos que receberam as células produtoras de insulina, que inicialmente apresentaram, em média, uma glicémia em jejum de 399 mg/dL, começaram a melhorar semana após semana. Ao fim das 10 semanas de observação, o nível de glicémia tinha já descido para 122 mg/dL, valor relativamente próximo do valor apresentado pelos ratos controlo saudáveis (92 mg/dL).
Este estudo vem dar ênfase à possibilidade de encontrar soluções inovadoras para o tratamento da diabetes tipo 1, nomeadamente através de terapia celular. A translação dos estudos animais para ensaios clínicos em doentes humanos é um passo essencial para incorporar este tipo de metodologias no tratamento futuro da diabetes.
Referência:
El-Sherbiny M, et al. Functional beta-cells derived from umbilical cord blood mesenchymal stem cells for curing rats with streptozotocin-induced diabetes mellitus. Singapore Med J. 2019 Sep 19. doi: 10.11622/smedj.2019120. [Epub ahead of print]