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Células estaminais do cordão umbilical alcançam resultados positivos em modelo animal de Lúpus

Lúpus Eritematoso Sistémico (LES) é uma doença crónica de natureza autoimune, caracterizada pela presença de anticorpos contra o próprio organismo (autoanticorpos), que habitualmente conduz à lesão de diversos órgãos. Afeta 0,07% dos portugueses e manifesta-se geralmente entre os 16 e os 49 anos de idade, embora também possa surgir noutras faixas etárias. Os sintomas variam de doente para doente, sendo frequente o aparecimento de lesões cutâneas e dor e inflamação nas articulações, podendo, no entanto, surgir outros problemas mais graves, com envolvimento renal e cardiovascular, entre outros. Embora a evolução da doença seja muito variável, habitualmente exibe um padrão de períodos de agudização dos sintomas, intercalados com períodos de remissão, em que a doença está inativa. Apesar de haver vários fármacos atualmente disponíveis para o tratamento dos sintomas, indução da remissão e prevenção dos períodos de agudização da doença, há doentes que não respondem adequadamente a estes tratamentos. Por outro lado, os efeitos secundários dos medicamentos utilizados reduzem frequentemente a qualidade de vida dos doentes, sendo importante encontrar alternativas terapêuticas mais eficazes e seguras para estes casos. Uma das abordagens em estudo é a administração de células estaminais mesenquimais do cordão umbilical, conhecidas pela sua capacidade de regulação do sistema imunitário. Ao longo da última década, vários estudos têm demonstrado o potencial destas células para o tratamento de LES.

 

Células estaminais do cordão umbilical melhoram sobrevivência em modelo animal de LES

Um artigo recentemente publicado na revista científica Stem Cell Research & Therapy reportou resultados positivos da aplicação de células estaminais do cordão umbilical em modelo animal de LES. Nos animais que receberam este tratamento, observou-se uma melhor taxa de sobrevivência, normalização do volume do baço e diminuição significativa da quantidade de autoanticorpos no sangue – que desempenham um papel fulcral na patogénese de LES – comparativamente aos animais que não receberam. Verificou-se, ainda, que a administração de células estaminais do cordão umbilical esteve associada a uma redução da inflamação e melhor funcionamento dos rins, indicando um efeito protetor contra lesões renais, uma das manifestações da doença que pode causar sérios problemas aos doentes. O estudo debruçou-se, ainda, sobre os mecanismos relacionados com os efeitos benéficos das células estaminais mesenquimais do cordão umbilical em modelo de LES, tendo concluído que estas são capazes de corrigir desequilíbrios do sistema imunitário através do aumento da concentração de um tipo específico de células do sistema imunitário, designadas células B reguladoras.

Os resultados do estudo agora publicado estão em linha com outros previamente divulgados, demonstrando o potencial das células estaminais mesenquimais na regulação do sistema imunitário, nomeadamente em doenças de caráter autoimune, como LES. A realização de ensaios clínicos permitirá verificar se esta abordagem poderá ser usada futuramente para o tratamento de doentes com LES, nomeadamente os que não respondem adequadamente às terapêuticas convencionais.

 

Referências:

Chun W, et al. Transplantation of mesenchymal stem cells ameliorates systemic lupus erythematosus and upregulates B10 cells through TGF-β1. Stem Cell Res Ther. 2021. 12(1):512. 

https://spreumatologia.pt/lupus-eritematoso-sistemico/, acedido em 21 de outubro de 2021.

 

 

Saiba mais sobre as Células Estaminais do Cordão Umbilical aqui.