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Cura de segundo doente infetado com vírus da SIDA após transplante de células estaminais hematopoiéticas

Foi recentemente reportada a remissão de um doente infetado com o vírus da SIDA após transplante hematopoiético. Trata-se do segundo caso conhecido de cura de SIDA após transplante de células estaminais hematopoiéticas. As células estaminais hematopoiéticas são capazes de originar todas as células do sangue e sistema imunitário e podem encontrar-se na medula óssea, no sangue periférico mobilizado e no sangue do cordão umbilical.
Este doente, designado por paciente de Londres, foi curado do VIH-1 após transplante para o tratamento do linfoma de Hodgkin refratário (estádio IV) de que padecia. Os médicos que têm seguido este doente publicaram na prestigiada revista científica The Lancet as conclusões relativas a este caso.
Para o transplante a que este doente foi submetido (em 2016) foram utilizadas células estaminais hematopoiéticas de um dador que não expressava uma proteína imprescindível à ligação do VIH às células (a proteína CCR5). Esta alteração genética dificulta o processo de ligação do vírus às células, protegendo-as assim da infeção. Dois anos e meio após a interrupção do tratamento antirretroviral (tratamento cujo objetivo é travar a replicação do vírus), os testes virais ao sangue, líquido cefalorraquidiano, tecido intestinal e tecido linfóide deste doente não mostraram infeção ativa.
Segundo os autores do artigo científico, este caso mostra o sucesso do transplante de células estaminais na cura para o VIH, à semelhança do que foi reportado pela primeira vez há nove anos no paciente de Berlim. No entanto, por se tratar de um procedimento de risco, o transplante hematopoiético não constitui uma opção habitual para o tratamento destes doentes, estando reservado aos casos em que é urgente tratar doenças hemato-oncológicas que coloquem em risco a vida dos doentes.
 
Referência:
https://www.thelancet.com/journals/lanhiv/article/PIIS2352-3018(20)30069-2/fulltext