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Pele com glândulas sebáceas e folículos pilosos produzida em laboratório a partir de células estaminais

Foi recentemente publicado um artigo na revista Science Advances, no qual um grupo de investigadores demonstra ter transplantado com sucesso em ratinhos pele produzida em laboratório que possui glândulas sebáceas (glândulas responsáveis pela libertação de uma mistura de lípidos destinada a proteger, impermeabilizar e lubrificar a superfície da pele) e folículos pilosos (estrutura da pele responsável por produzir pelo).

A pele forma uma barreira protetora entre o corpo e o ambiente externo, impedindo a saída de água e a entrada de micróbios e toxinas. Para além da função de barreira, a pele é também responsável pela regulação da temperatura corporal e pela libertação de resíduos. A reprodução de uma estrutura semelhante em laboratório, que possa ser utilizada para enxerto de pele em pessoas que sofreram queimaduras ou têm outras doenças graves da pele que necessitam de transplante, ou para substituir os modelos animais nos testes a medicamentos e cosméticos, tem sido um dos objetivos de vários grupos.

Pele funcional obtida em laboratório

Atualmente, já é possível obter pele por bioengenharia, através da cultura de células epiteliais. No entanto, estas estruturas não contêm glândulas nem folículos pilosos, sem os quais não se consegue replicar o funcionamento de uma pele normal.

Neste contexto, um grupo de investigadores demonstrou ser possível, a partir de células estaminais pluripotentes induzidas (iPSCs), obter pele com folículos pilosos e glândulas sebáceas, assemelhando-se a pele real e que, depois de transplantada, funcionava como pele normal.

Os investigadores isolaram células das gengivas de ratinhos que foram depois convertidas em iPSCs. A partir destas células, os autores desenvolveram uma estrutura semelhante a pele contendo folículos pilosos e glândulas sebáceas. Esta pele, obtida em laboratório, foi depois transplantada em ratinhos sem pelo.

Os resultados apresentados demonstram que a pele obtida em laboratório estabeleceu interação com os tecidos adjacentes, formando ligações com a epiderme, derme, tecido adiposo, fibras nervosas e músculos eretores de pelos. Esta pele artificial mostrou desempenhar funções de uma pele normal, incluindo a capacidade de passar por vários ciclos de crescimento de pelo, permitindo o seu desenvolvimento adequado.

Estes resultados são promissores, sugerindo que esta tecnologia poderá vir a ser utilizada para obter pele funcional em laboratório, com potencial para ser utilizada nos testes a medicamentos e cosméticos (acabando com a necessidade de recorrer a animais) e em terapia de substituição para casos em que existe necessidade de enxerto de pele (tais como queimaduras, cicatrizes, alopecia entre outras).

 

Fonte:

http://p3.publico.pt/actualidade/ciencia/20096/cientistas-criam-pele-artificial-que-transpira-e-na-qual-crescem-cabelos

https://www.themedicalfrontier.com/2016/04/promising-lab-grown-skin-sprouts-hair-grows-glands/

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