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Sangue do cordão umbilical revela-se benéfico em bebés prematuros

Estima-se que nasçam cerca de 15 milhões de bebés prematuros por ano, em todo o mundo. Apesar da evolução dos cuidados neonatais, muitas são as complicações que podem advir de um nascimento prematuro, principalmente pelo compromisso do desenvolvimento dos diferentes órgãos. O cérebro e os pulmões são dois dos órgãos mais afetados, podendo alguns prematuros sofrer sequelas para toda a vida. 
Pelas suas propriedades regenerativas, anti-inflamatórias e imunomoduladoras, o sangue do cordão umbilical está a ser investigado para a prevenção de complicações associadas ao nascimento prematuro. Num estudo piloto, que incluiu 31 bebés prematuros, verificou-se que os que receberam uma infusão com as células estaminais do seu sangue do cordão umbilical (infusão autóloga) precisaram de suporte respiratório apenas durante metade do tempo, comparativamente aos restantes. 

Células estaminais do sangue do cordão umbilical melhoram função respiratória em prematuros

Este estudo, agora publicado na revista científica Stem Cells Translational Medicine, vem na sequência de um estudo prévio, que confirmou a segurança do procedimento em 15 bebés prematuros. Os autores referem que o facto de serem células do próprio, minimamente manipuladas e sem adição de químicos contribuiu para a segurança do tratamento
Tendo em conta dados de estudos clínicos e pré-clínicos, que indicam que a administração de células estaminais do sangue do cordão umbilical pode ajudar na prevenção e tratamento de complicações do nascimento prematuro, como displasia broncopulmonar, encefalopatia hipóxico-isquémica e paralisia cerebral, os investigadores quiseram testar a hipótese de que a administração autóloga de células estaminais de sangue do cordão umbilical a bebés prematuros poderia ajudar a prevenir complicações associadas à prematuridade.
Desta forma, dos 31 bebés prematuros incluídos no estudo (todos com menos de 35 semanas de idade gestacional), 15 receberam as células estaminais do seu sangue do cordão umbilical, em média 7 horas após o nascimento, enquanto os outros 16 receberam uma solução salina (placebo). Para além da infusão, todos os bebés receberam os cuidados normais de que necessitaram na unidade de neonatologia. Quando os investigadores analisaram os dados, verificaram que, apesar de a diferença não ter sido estatisticamente significativa, registaram-se menos complicações nos bebés que receberam células estaminais, comparativamente aos que receberam placebo. Perceberam, ainda, que houve uma redução significativa do tempo de suporte respiratório de que estes bebés necessitaram, relativamente aos restantes. Os bebés que receberam as suas células estaminais precisaram de ventilação mecânica e de oxigénio, em média, durante 3 e 5 dias, respetivamente, enquanto que os restantes necessitaram de suporte respiratório durante aproximadamente o dobro do tempo. Segundo os autores, esta melhoria pode trazer ainda benefícios indiretos relativamente à inflamação e stress oxidativo a que os pulmões e cérebro dos prematuros estão sujeitos em condições de suporte respiratório. Neste estudo piloto, não houve diferenças significativas no tempo que os bebés permaneceram hospitalizados após o nascimento e os autores sublinham a necessidade de realizar ensaios clínicos com maior número de participantes e maior tempo de seguimento, para se perceber se, de facto, a infusão autóloga de sangue do cordão umbilical pode vir a fazer parte do futuro tratamento de complicações associadas ao nascimento prematuro.
 
Referências:
Ren Z, et al. Autologous cord blood cells infusion in preterm neonates safely reduces respiratory support duration and potentially preterm complications. Stem Cells Transl Med. 2019. doi: 10.1002/sctm.19-0106. [Epub ahead of print] 
Yang J, et al. Safety of Autologous Cord Blood Cells for Preterms: A Descriptive Study. Stem Cells Int. 2018. 15;2018:5268057.