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Terapia com células estaminais mesenquimais em avaliação para o tratamento de COVID-19

A COVID-19, doença provocada pelo novo coronavírus (SARS-CoV-2), primeiramente detetada na China em dezembro de 2019, foi, em março deste ano, classificada como pandemia pela Organização Mundial de Saúde. Se, por um lado, este sério problema de saúde pública obrigou à mobilização de esforços de contenção por parte de entidades reguladoras, governos e, de uma forma geral, de toda a população, tem, por outro lado, gerado um esforço equivalente por parte da comunidade médica e científica, na procura de soluções para a sua prevenção e tratamento.
Muito embora alguns doentes com COVID-19 apresentem apenas sintomas ligeiros, outros desenvolvem pneumonia, podendo o quadro evoluir, nos casos mais severos, para insuficiência respiratória grave, bem como falência de outros órgãos e conduzir, eventualmente, à morte. Para além das vacinas em desenvolvimento, vários fármacos estão a ser testados para fazer face ao novo coronavírus. Uma estratégia que também está a ser avaliada para este efeito é a administração de células estaminais mesenquimais (MSC, do inglês Mesenchymal Stem Cells) a doentes com pneumonia decorrente de COVID-19. Estas células podem ser obtidas, por exemplo, a partir de tecido do cordão umbilical, medula óssea e tecido adiposo. Com base em evidências de estudos anteriores, vários investigadores acreditam que a sua forte ação anti‑inflamatória e a capacidade de regulação do sistema imunitário podem ajudar a melhorar o estado de doentes com pneumonia e síndrome de dificuldade respiratória aguda provocada pelo novo coronavírus.

Resultados favoráveis do tratamento de COVID-19 com MSC e novos ensaios clínicos em curso

Recentemente, a publicação de um artigo científico que descreve o tratamento experimental de doentes com COVID-19 usando MSC gerou interesse por parte da comunidade científica. Neste ensaio clínico, que decorreu na China, sete doentes com COVID-19 que estavam hospitalizados foram tratados com MSC do tecido do cordão umbilical, com resultados favoráveis. Anteriormente, havia sido reportado o caso de uma doente chinesa de 65 anos com COVID-19, há quase duas semanas em estado crítico nos cuidados intensivos, que recuperou após tratamento com o mesmo tipo de células. Para além disso, tendo em conta resultados promissores da aplicação de MSC no contexto de várias doenças inflamatórias e com envolvimento do sistema imunitário, foram iniciados vários ensaios clínicos com o objetivo de avaliar a eficácia do tratamento de COVID-19 utilizando MSC.
Entretanto, também algumas empresas de biotecnologia iniciaram conversações com entidades reguladoras no sentido de testar produtos de terapia celular à base de MSC para o tratamento de COVID-19. É o caso da Mesoblast Limited, que anunciou, no passado dia 10 de março, que planeia avaliar o seu produto de terapia celular – remestemcel-L – composto por MSC de medula óssea, em doentes com síndrome de dificuldade respiratória aguda causada por COVID-19, nos EUA, Austrália, China e Europa. De forma semelhante, a norte-americana Celltex Therapeutics Corporation declarou, no dia 16 de março, estar em conversações com a agência reguladora norte-americana FDA relativamente a um estudo para avaliar a eficácia da utilização de MSC para tratar COVID-19. Esta empresa já testou o uso de MSC em várias doenças, incluindo pneumonia, síndrome de dificuldade respiratória aguda e doença pulmonar obstrutiva crónica. No dia 30 de março, a Pluristem Therapeutics anunciou que está a avaliar o efeito terapêutico do seu produto de terapia celular, à base de MSC da placenta, no tratamento de complicações respiratórias e inflamatórias provocadas pelo novo coronavírus, tendo já sido tratados 3 doentes com estas células.
Os mais recentes desenvolvimentos indicam que a terapia com MSC está a ser considerada como uma alternativa para o tratamento de doentes com COVID-19, estando já a decorrer vários ensaios clínicos para avaliar a sua eficácia. Até ao momento, os resultados preliminares obtidos, tanto ao nível da segurança como de eficácia, revelam-se favoráveis à sua utilização.
Referências:
http://apps.who.int/trialsearch/default.aspx
http://investorsmedia.mesoblast.com/static-files/c1428818-0b9f-44f9-bb4f-79ad518002cc
https://celltexbank.com/promising-research-about-stem-cell-therapys-effect-on-coronavirus/
https://clinicaltrials.gov/
https://www.infarmed.pt/documents/15786/17838/Orienta%C3%A7%C3%B5es+V2/b1c54b0a-2680-8962-3523-ba33fad17c86
https://www.pluristem.com/wp-content/uploads/2020/03/pluristem_30.03.20_isa.pdf