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Vesículas libertadas por células estaminais com potencial para tratar feridas em doentes diabéticos

A diabetes é uma doença crónica, em que o metabolismo da glicose se encontra alterado, conduzindo a níveis elevados de glicose (açúcar) no sangue. Cerca de 500 milhões de pessoas vivem, hoje, com a doença, estimando-se que, em 2030, cerca de 10% da população mundial seja diabética.

Aproximadamente 20% dos diabéticos desenvolve feridas difíceis de cicatrizar, que podem levar à formação de úlceras, mais frequentemente nos pés ou nas pernas. Estas, caso não sejam atempadamente diagnosticadas e tratadas, conduzem à amputação do membro afetado em cerca de 15-27% dos doentes. Pelo facto de estas feridas estarem associadas a uma vascularização deficiente, novas estratégias capazes de promover a formação de novos vasos sanguíneos, aumentando assim a irrigação sanguínea nas zonas afetadas, poderão ser valiosas no contexto do tratamento de úlceras em doentes diabéticos.

VESÍCULAS DE CÉLULAS ESTAMINAIS PROMOVEM VASCULARIZAÇÃO E CICATRIZAÇÃO DE FERIDAS EM MODELO DE DIABETES

Um novo estudo demonstrou o potencial das vesículas libertadas pelas células estaminais do tecido do cordão umbilical no tratamento de feridas em modelo animal de diabetes. As propriedades regenerativas destas células e das vesículas por elas libertadas têm sido investigadas em vários estudos científicos, com resultados promissores.

Neste estudo, um grupo de animais (grupo de tratamento) foi tratado com as vesículas obtidas a partir das células estaminais do cordão umbilical, que foram aplicadas em redor da ferida, enquanto aos restantes se aplicou uma solução salina (grupo controlo). Quando compararam os resultados dos dois grupos, os investigadores observaram que as feridas dos ratinhos tratados com as vesículas de células estaminais fecharam mais rapidamente do que as dos animais do grupo controlo. Aos 12 dias de acompanhamento de evolução das feridas, todas as feridas no grupo de tratamento estavam fechadas, enquanto no grupo controlo cerca de 40% da área da ferida ainda se encontrava por fechar. Verificou-se, ainda, que após tratamento com as vesículas, o número de vasos sanguíneos – e consequentemente, a irrigação sanguínea – na zona da ferida era significativamente superior ao observado após aplicação da solução salina.

Estes resultados sugerem que as vesículas libertadas pelas células estaminais do tecido do cordão umbilical são capazes de promover a cicatrização de feridas em ratinhos diabéticos, através da estimulação da formação de novos vasos sanguíneos e subsequente melhoria da irrigação sanguínea na zona da ferida. Caso seja possível a translação desta tecnologia para a prática clínica, esta nova abordagem permitirá melhorar a qualidade de vida de muitos doentes diabéticos, que atualmente sofrem com este problema.

 

Referências:

Wei Q, et al. Extracellular Vesicles from Human Umbilical Cord Mesenchymal Stem Cells Facilitate Diabetic Wound Healing Through MiR-17-5p-mediated Enhancement of Angiogenesis. Stem Cell Rev Rep. 2021. doi: 10.1007/s12015-021-10176-0. [Online ahead of print]. 

Saeedi P, et al; IDF Diabetes Atlas Committee. Global and regional diabetes prevalence estimates for 2019 and projections for 2030 and 2045: Results from the International Diabetes Federation Diabetes Atlas, 9th edition. Diabetes Res Clin Pract. 2019. 157:107843.