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Células estaminais do cordão umbilical eficazes em modelo de insuficiência ovárica prematura

A Insuficiência Ovárica Prematura (IOP) caracteriza-se pela perda de função ovárica em mulheres com menos de 40 anos. Afeta cerca de 1% da população feminina nesta faixa etária e pode ser causada por fatores genéticos, doenças autoimunes, ou tratamentos para o cancro (quimio ou radioterapia), entre outros fatores.

A disfunção hormonal característica desta doença conduz a alterações no ciclo menstrual e é frequentemente acompanhada de perda de fertilidade. Várias abordagens têm sido adotadas para tratar este problema, mas ainda não foi encontrada uma solução eficaz para recuperar a função ovárica e a fertilidade em mulheres com IOP. Uma estratégia inovadora em estudo é a terapia com células estaminais mesenquimais, que tem vindo a demonstrar resultados promissores no tratamento desta doença, tanto em modelo animal como em ensaios clínicos. Ainda assim, são necessários mais estudos para confirmar a eficácia deste tratamento e estabelecer a metodologia ideal, nomeadamente em relação à quantidade de células e via de administração. Foi recentemente publicado um novo estudo, em modelo animal, que avaliou a eficácia do tratamento de IOP com células estaminais mesenquimais do tecido do cordão umbilical.

TERAPIA COM CÉLULAS ESTAMINAIS PROMOVE MELHORIAS NA FUNÇÃO OVÁRICA E FERTILIDADE EM MODELO DE IOP

O estudo compreendeu uma série de experiências em modelo animal de IOP, induzida por ciclofosfamida (um agente anticancerígeno habitualmente usado em quimioterapia), em que foram comparados os resultados de animais saudáveis (grupo controlo), com os de animais com IOP induzida, e com os de animais com IOP induzida tratados com células estaminais mesenquimais. Foram ainda avaliadas potenciais diferenças na eficácia do tratamento decorrentes da via de administração das células estaminais: via intravenosa ou diretamente nos ovários.

Uma das características da IOP são as alterações hormonais e no ciclo menstrual, que conduzem à ausência de ovulação e de menstruação, e à perda de fertilidade. Neste estudo, o tratamento com células estaminais foi capaz de diminuir a gravidade das alterações observadas no ciclo reprodutivo dos animais com IOP, aliviar a disfunção hormonal e normalizar o tamanho dos ovários. Para além disso, verificou-se que a terapia com células estaminais mesenquimais do tecido do cordão umbilical aumentou o número de folículos saudáveis nos ovários, incluindo dos que se encontravam em fase de pré-ovulação, e diminuiu o número de folículos em fase de morte celular. Outro dos parâmetros avaliados foi o efeito do tratamento com células estaminais na fertilidade: a taxa de sucesso de acasalamento foi de 83% nos animais tratados com células estaminais por via intravenosa e de 100% nos que receberam células estaminais diretamente nos ovários. Estes resultados foram significativamente melhores do que os registados nos animais com IOP não tratados, nos quais se observou uma taxa de sucesso de acasalamento de 50%. Adicionalmente a este efeito positivo na fertilidade, os investigadores verificaram que o número de fetos resultantes foi superior nos animais tratados com células estaminais, sobretudo nos que receberam células diretamente nos ovários, em que o número de fetos foi semelhante ao dos animais saudáveis.

Estes resultados sugerem que a terapia com células estaminais do tecido do cordão umbilical é capaz de promover melhorias significativas na função ovárica em modelo animal de IOP. Segundo os autores, o tecido do cordão umbilical é uma fonte valiosa de células estaminais com potencial para tratar IOP e restaurar a fertilidade em mulheres que sofrem deste problema.

 

Referências:

Zhang M, et al. Umbilical Cord Mesenchymal Stem Cells Ameliorate Premature Ovarian Insufficiency in Rats. Evid Based Complement Alternat Med. 2022. 2022:9228456.
Chon SJ, et al. Premature Ovarian Insufficiency: Past, Present, and Future. Front Cell Dev Biol. 2021. 9:672890.

 

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