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Células estaminais do cordão umbilical promovem recuperação de lesão cerebral provocada por traumatismo craniano

Um estudo recente em modelo animal, publicado na revista científica Brain Research, indica que as células estaminais do tecido do cordão umbilical, obtidas de forma simples após o parto, são capazes de atenuar a lesão neurológica decorrente de um traumatismo cranioencefálico, comummente designado por traumatismo craniano.

Os traumatismos cranianos – frequentemente provocados por quedas e acidentes rodoviários – constituem uma das principais causas de lesão neurológica em adultos, podendo causar graves sequelas ou mesmo a morte. Após o processo primário de lesão neurológica, que ocorre nos primeiros minutos após um traumatismo craniano e que é irreversível, segue-se um processo secundário de lesão neurológica, em grande parte atribuível à inflamação do cérebro que ocorre como resposta do organismo para controlar potenciais infeções e reparar as zonas lesadas. Assim, embora benéfica, esta resposta inflamatória acaba por agravar a lesão cerebral sofrida.

Vários ensaios clínicos estão a testar novos agentes terapêuticos para conter a lesão neurológica decorrente de um traumatismo craniano. Uma das estratégias inovadoras em estudo é a aplicação de células estaminais mesenquimais do tecido do cordão umbilical, conhecidas pelos seus efeitos anti-inflamatórios e regenerativos.

ESTUDO EM MODELO ANIMAL DEMONSTRA POTENCIAL DAS CÉLULAS ESTAMINAIS PARA ATENUAR LESÃO CEREBRAL APÓS TRAUMATISMO CRANIANO

Tendo em conta resultados anteriores, que demonstraram que as células estaminais mesenquimais são capazes de atenuar os danos neurológicos decorrentes de traumatismo craniano, o estudo agora publicado pretendeu analisar os mecanismos subjacentes a esse efeito benéfico, incidindo na hipótese de que estariam relacionados com a regulação da resposta inflamatória que ocorre após um traumatismo craniano, nomeadamente com o equilíbrio entre células pró-inflamatórias e anti-inflamatórias do sistema imunitário.

Os autores começaram por avaliar diferenças na proporção de células pró- e anti-inflamatórias no sangue de doentes que sofreram traumatismo craniano, relativamente a pessoas saudáveis. Verificaram que, em doentes que tinham sofrido traumatismo craniano, este equilíbrio se encontrava alterado, com uma proporção aumentada de células pró-inflamatórias.

De seguida, avaliaram, em modelo animal, se a administração de células estaminais do tecido do cordão umbilical poderia afetar este equilíbrio. Nas suas experiências, descobriram que o tratamento com estas células aumentou a proporção de células anti-inflamatórias. Adicionalmente, o tratamento com células estaminais do cordão umbilical em modelo animal esteve associado a uma redução significativa da gravidade da lesão neurológica e a uma melhor recuperação cognitiva após traumatismo craniano. Ao investigar os mecanismos subjacentes, os autores concluíram que, para além do seu efeito anti-inflamatório, estas células promovem a regeneração da zona afetada através da estimulação do desenvolvimento de novos neurónios.

Os resultados obtidos neste estudo sugerem que as células estaminais do tecido do cordão umbilical têm potencial para o tratamento de danos neurológicos decorrentes de traumatismo craniano, com possível impacto na minimização das sequelas e melhor recuperação dos doentes. É necessária a realização de ensaios clínicos que avaliem a segurança e eficácia desta estratégia em doentes humanos, com vista à sua implementação na prática clínica.

 

Referências:

Chen C, Hu N, Wang J, Xu L, Jia XL, Fan X, Shi JX, Chen F, Tu Y, Wang YW, Li XH. Umbilical cord mesenchymal stem cells promote neurological repair after traumatic brain injury through regulating Treg/Th17 balance. Brain Res. 2022. 1775:147711. 

Brazinova A, et al. Epidemiology of Traumatic Brain Injury in Europe: A Living Systematic Review. J Neurotrauma. 2021. 38(10):1411-1440. 

 

 

Saiba mais sobre as Células Estaminais do Cordão Umbilical aqui.