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Doente asmático apresenta melhorias significativas após tratamento com células estaminais do tecido do cordão umbilical

Asma com celulas estaminais

A Asma é uma doença inflamatória crónica das vias respiratórias caracterizada por um estreitamento da árvore brônquica que dificulta a passagem do ar. Estas características são desencadeadas pela infiltração de células inflamatórias na parede das vias respiratórias e por desequilíbrios na resposta imunológica devido ao aumento de células e mediadores inflamatórios em circulação e diminuição das células responsáveis pela sua regulação.1 Os seus principais sintomas incluem dificuldade em respirar, pieira, aperto no peito e cansaço.2,3 É uma doença que afeta mais de 350 milhões de pessoas no mundo e cuja taxa de mortalidade tem aumentado ao longo dos anos.1 Em Portugal, cerca de 6,8% das pessoas têm Asma, observando-se uma prevalência de 8,4% nas crianças e adolescentes, em que cerca de metade dos doentes não têm a doença controlada. Apesar de existirem diferentes classes de fármacos comumente utilizadas no tratamento da Asma e das crises asmáticas, alguns doentes não respondem aos tratamentos disponíveis. Assim, é cada vez mais importante a pesquisa de novas terapias para o tratamento dos doentes com Asma.1

AS CÉLULAS ESTAMINAIS MESENQUIMAIS E A ASMA

As Células Estaminais Mesenquimais estão presentes no Tecido do Cordão Umbilical, entre outras fontes, e, devido às suas propriedades imunorreguladoras, têm sido alvo de estudo para o tratamento de doentes com Asma. Vários artigos científicos sobre estudos em modelo animal têm demonstrado que estas células melhoram os sintomas e a resposta imunológica característicos da Asma. Nos últimos 2 anos, tem-se verificado também um aumento do número de ensaios clínicos registados, envolvendo a utilização das Células Estaminais Mesenquimais em doentes com Asma.3

A revista Current Stem Cell Research & Therapy publicou os primeiros resultados de um ensaio clínico em curso, que envolve a infusão de células estaminais mesenquimais do tecido do cordão umbilical em doentes com doenças respiratórias3. Este artigo científico descreve o caso de um doente asmático de 68 anos tratado com Células Estaminais Mesenquimais do Tecido do Cordão Umbilical. Antes do tratamento, o doente apresentava dispneia, pieira, aperto no peito e limitações funcionais decorrentes da falta de ar, várias vezes por semana. Para o seu tratamento recorria ao uso de inalador 7-10 vezes por semana e de nebulizador para as crises 5-6 vezes por semana. Além disso, utilizava um concentrador de oxigénio 1-2 vezes por semana. O tratamento experimental a que foi sujeito consistiu na infusão intravenosa de Células Estaminais Mesenquimais do tecido do cordão umbilical. Não foram observados eventos adversos ou complicações relacionadas com o tratamento e, seis meses após a infusão de células estaminais, o doente referiu uma diminuição na utilização do inalador de emergência para 4 vezes por semana e do nebulizador para 1-2 vezes por semana. A utilização do concentrador de oxigénio também diminuiu para 1- 2 vezes por mês. Relata, ainda, que se sente muito melhor e não tem limitações de atividade. Com esta terapia, dois meses após o tratamento experimental, a gravidade da Asma do doente diminuiu de persistente moderada para intermitente. Este facto é importante, não só porque demonstra que o tratamento com Células Estaminais do Tecido do Cordão Umbilical foi eficaz, mas também porque poderá contribuir para a diminuição dos efeitos adversos provocados pelo uso prolongados dos medicamentos convencionais mais utilizados. Em doenças pulmonares com envolvimento do sistema imunitário como a Asma, as Células Estaminais Mesenquimais aparentam exercer um efeito imunorregulador e anti-inflamatório.

Embora sejam necessários mais estudos para comprovar os efeitos benéficos das células estaminais mesenquimais do tecido do cordão umbilical no tratamento de doentes com asma, este relato de caso sugere que estas células podem contribuir para a melhoria dos sintomas desta doença sem quaisquer eventos adversos ou complicações.

 

 

Referências

1- Huang S, et al. (2023). Mesenchymal Stem/Stromal Cells in Asthma Therapy: Mechanisms and Strategies for Enhancement. Cell Transplantation
2- https://www.sppneumologia.pt/noticias/dia-mundial-da-asma-spp-alerta-para-a-importancia-do-controlo-da-asma-junto-da-populacao-mais-jovem, acedido a 10 de abril de 2024
3- Sharan J, et al. (2023) First Report in a Human of Successful Treatment of Asthma with Mesenchymal Stem Cells: A Case Report with Review of Literature. Curr Stem Cell Res Ther. 18(7):1026-1029
4- https://classic.clinicaltrials.gov/ct2/show/NCT05147688