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Estudo mostra potencial das células estaminais do cordão umbilical para o tratamento de psoríase

A psoríase é uma doença autoimune relativamente frequente, que atinge cerca de 2% da população. A forma mais comum é a psoríase em placas, caracterizada pela presença de placas rosadas, cobertas por escamas prateadas, que aparecem mais vulgarmente nos cotovelos, joelhos e couro cabeludo. Embora a pele seja tipicamente o órgão mais afetado, a psoríase pode também afetar articulações e órgãos internos. O doente com psoríase pode sofrer recaídas recorrentes, com impacto substancial na sua qualidade de vida. Os tratamentos tópicos ou sistémicos atualmente disponíveis não previnem as recaídas e podem conduzir a efeitos secundários quando usados durante longos períodos. Por estes motivos, novas abordagens estão a ser estudadas para o tratamento da psoríase, nomeadamente a aplicação de células estaminais mesenquimais. A sua capacidade de regulação do sistema imunitário tem atraído a atenção da comunidade científica, e vários estudos já demonstraram o grande potencial destas células para o tratamento de outras doenças autoimunes, como lúpus e artrite reumatoide. A facilidade com que são obtidas – por exemplo a partir do tecido do cordão umbilical – e multiplicadas em laboratório, tornam as células estaminais mesenquimais muito atrativas para utilização clínica.

CÉLULAS ESTAMINAIS DO CORDÃO UMBILICAL MELHORAM SINTOMAS DE PSORÍASE EM MODELO ANIMAL

Um estudo recentemente publicado demonstrou o potencial das células estaminais mesenquimais do tecido do cordão umbilical para o tratamento de psoríase. Os autores usaram um modelo animal de psoríase e fizeram várias experiências para determinar a eficácia destas células na prevenção do desenvolvimento de lesões na pele características da psoríase. Durante o estudo, foi testada a aplicação única de diferentes doses de células estaminais, por via intravenosa ou subcutânea, e foi ainda avaliada a eficácia de três aplicações subcutâneas de células estaminais. O grupo controlo recebeu uma solução salina em vez de células estaminais.

Os resultados indicam que a administração de células estaminais do cordão umbilical se revelou eficaz na prevenção do aparecimento de lesões na pele em modelo animal de psoríase. Segundo os autores, das duas vias de administração testadas, a que apresentou resultados mais favoráveis foi a injeção subcutânea de células estaminais no centro da lesão, tendo esta revelado um efeito anti‑inflamatório mais potente do que a administração intravenosa. Relativamente à dose e frequência de administração, doses superiores a dois milhões de células não se traduziram em maior benefício e múltiplas aplicações não foram mais eficazes na redução da gravidade das lesões do que uma aplicação única. Tendo em conta estes resultados, uma administração única de dois milhões de células estaminais do cordão umbilical por via subcutânea foi considerada a abordagem terapêutica ótima para prevenir o aparecimento de lesões na pele no modelo animal de psoríase utilizado. Os autores exploraram, ainda, os mecanismos subjacentes ao efeito terapêutico das células estaminais do cordão umbilical e descobriram que este se deve provavelmente à inibição de determinadas células do sistema imunitário, que libertam moléculas inflamatórias associadas ao desenvolvimento de psoríase.

Este estudo vem demonstrar que as células estaminais mesenquimais do tecido do cordão umbilical são eficazes no alívio da inflamação e, subsequentemente, das lesões na pele associadas à psoríase, em modelo animal, fornecendo importantes evidências experimentais acerca da melhor dose, via e frequência de administração destas células para o seu tratamento.

 

 

Referências:

https://www.spdv.pt/_doencas_de_pele_2, acedido a 11 de abril de 2022.

Chen Y, et al. Human umbilical cord-derived mesenchymal stem cells ameliorate psoriasis-like dermatitis by suppressing IL-17-producing γδ T cells. Cell Tissue Res. 2022 Mar 26. doi: 10.1007/s00441-022-03616-x. [online ahead of print].

 

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